Geralmente associado a problemas de pressão arterial, um novo estudo sugere que o café está relacionado também com outra questão cardiovascular. De acordo com a pesquisa, dependendo do consumo de café expresso, os níveis de colesterol no sangue aumentam – algo que tende a acontecer com mais intensidade em homens do que em mulheres.
Café expresso e colesterol: o que diz o estudo
De acordo com um estudo recente, publicado no periódico “Open Heart”, o consumo de café está relacionado a um aumento do colesterol sérico, ou seja, os níveis totais de colesterol presentes na corrente sanguínea. Entre os métodos de preparo analisados (como o de café filtrado e café de prensa, por exemplo), o café expresso foi o mais associado a estas alterações e, na maior parte deles, há diferenças entre homens e mulheres.
Realizada com mais de 21 mil adultos na Noruega, segundo país em que mais se consome café no mundo, a pesquisa mostrou que tomar de três a cinco xícaras de café expresso por dia foi um hábito bastante associado ao aumento nos níveis de colesterol total no sangue, e de forma mais significativa em homens.
Já no caso de café de prensa, seis ou mais xícaras provocam certo aumento nestes níveis, que sobem de forma parecida tanto em homens quanto em mulheres. Quanto ao café filtrado, o consumo de seis ou mais xícaras também demonstrou certo aumento nos níveis totais de colesterol no sangue, mas isso acontece de forma mais significativa em mulheres.
É importante frisar, porém, que isso não é necessariamente algo ruim. Como o estudo avalia os níveis totais de colesterol presentes no sangue, não é possível saber qual dos tipos de colesterol o café faz subir – e, caso ele esteja associado ao HDL, também conhecido como “colesterol bom”, a descoberta pode, na realidade, ser muito positiva.
Além disso, o estudo também pontua que, apesar de estas descobertas serem bastante concretas, há algumas limitações na aplicaç o delas para a população de forma geral, já que o método utilizado dependia bastante dos relatos dos participantes sobre o consumo de café, além de a faixa etária examinada consiste em pessoas de idade mais avançada.
Em geral, para tirar novas conclusões, o estudo afirma que seria necessário, além de examinar a influência do café nos tipos de colesterol e diversificar a população analisada, avaliar também os hábitos ligados ao consumo da bebida. É possível, por exemplo, que o costume de tomar mais café esteja associado a outras questões, e que elas também contribuam com o aumento do colesterol.