Dormir bem é essencial para uma boa saúde física e mental – e a forma como você se alimenta na última refeição do dia pode influenciar muito na qualidade do seu sono. Enquanto certos horários e alimentos podem tornar a digestão difícil, atrapalhando o relaxamento do corpo, ingerir certos nutrientes não tão perto da hora de deitar-se é, segundo especialistas, uma tática interessante não apenas para a alimentação, mas para garantir um sono restaurador.
O que comer à noite para dormir bem
Comer logo antes de dormir é, de fato, algo desaconselhado por especialistas. Segundo a nutricionista Luna Azevedo, há alimentos estimulantes e gordurosos que, na digestão, demandam muito do corpo, favorecendo insônia, má digestão, refluxo e mais – mas, por outro lado, fazer uma refeição à noite em um horário apropriado e com os alimentos certos pode não apenas favorecer uma boa digestão como também uma noite de sono proveitosa para o organismo.
Conforme explica Luna, a melatonina, hormônio produzido pelo cérebro com a função de induzir o sono, é uma substância que deve estar presente para assegurar uma noite bem dormida e, para que isso aconteça, é essencial a presença de três nutrientes específicos no corpo.
“A falta de vitamina B, magnésio e triptofano diminui a produção de melatonina e isso pode afetar a qualidade do sono”, afirma ela.
Além disso, a médica nutróloga e biohacker Roberta Genaro, afirma que também é importante assegurar a produção de um neurotransmissor conhecido como Gaba (ácido gama-aminobutírico), que é bastante ligado à sensação de relaxamento e, consequentemente, à qualidade do sono.
Sendo assim, as duas recomendam o consumo, por exemplo, de abacate, nozes, amêndoas, leguminosas, peixes gordurosos, chocolate amargo com 70% de cacau na composição, aveia, ovos, sementes em geral, suco de uva tinto e os chás de valeriana, mulungu, camomila e lavanda (lembrando sempre que o consumo de chás para fins medicinais é algo sério e deve ser acompanhado de perto por um profissional).
Quando comer (e o que NÃO comer) à noite
Segundo as especialistas, é importante evitar alimentos muito gordurosos (como frituras), bebidas energéticas, café, carboidratos em excesso, açúcares e industrializados no período da noite, evitando assim uma digestão difícil e o estímulo para que o cérebro fique acordado.
Além disso, é essencial prestar atenção também no horário das refeições: segundo Roberta, é indicado fazer a última refeição sólida do dia no máximo às 19h, e a líquida até três horas antes de dormir.