Já teve a estranha sensação de sentir a fome aumentar alguns minutos após ingerir algum alimento? Apesar de soar ilógico, este fenômeno é real e uma das grandes causas da gula.
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Segundo explica a especialista em perda de peso Dra. Sue Decotiis, em entrevista ao portal Fox News, “a fome é um resultado de muitas interações complexas que ocorrem no estômago, intestinos, cérebro, pâncreas e corrente sanguínea.” O problema é que este circuito pode ser facilmente sabotado – por exemplo, pelos 11 alimentos listados a seguir.
Comidas que dão mais fome
Pão branco: a farinha refinada da qual o alimento é feito provoca um pico de insulina no sangue. Logo em seguida, quando o nível baixa abruptamente, vem a sensação de fome e “buraco no estômago”.
Sucos: a bebida contém todos os açúcares das frutas, mas não as fibras. Ao ingeri-la, ocorre o pico de insulina e subsequente fome. O melhor é bater a fruta inteira, com casca e sementes, e misturar com pó de proteína ou pasta de amendoim para controlar a liberação de açúcar no sangue e ganhar mais saciedade.
Petiscos salgados: batatas chips, salgadinhos e outros aperitivos salgados também contêm carboidratos de rápida digestão (que causam pico de insulina). O cérebro associa este tipo de comida a doces, por isso, é comum sentir desejo por uma sobremesa após ingeri-los.
Fast food: basicamente, todos os ingredientes usados nessas redes são pensados para fazê-lo aumentar o tamanho da sua refeição. Por exemplo: gordura trans inflama o estômago, comprometendo a capacidade do corpo de produzir neurotransmissores que controlam a fome.
Outro ponto negativo das fast foods é a presença de xarope de milho rico em frutose nos pães, condimentos e sobremesas, pois ele também causa picos de insulina. Para completar, a alta concentração de sódio causa desidratação, cujos sintomas se confundem com os da fome.
Álcool: três doses são suficientes para reduzir o nível de leptina no seu corpo – o hormônio responsável pela sensação de saciedade – em 30%. O álcool ainda esvazia suas reservas de carboidratos (chamado glicogênio), o que te faz sentir vontade de comer carboidrato para repor o déficit.
Macarrão de massa branca: tem o mesmo efeito que o pão branco, mas com um agravante: geralmente é servida em porções maiores do que deveriam. Uma porção média equivale a ½ xícara de macarrão cozido, mas restaurantes costumam servir até 4 xícaras.
Glutamato monossódico: o tempero em pó é comumente adicionado à comida chinesa, mas também é encontrado em vegetais enlatados, sopas prontas, carnes processadas e até cerveja e sorvete. Um estudo espanhol revelou que ele incita um aumento de 40% na fome.
Sushi: apesar de ter a sensação de estar consumido algo saudável, feito com peixes ricos em ômega-3, na verdade, a maior parte do sushi é arroz. Se comer só eles, sentirá fome de novo muito rapidamente. Procure ingerir também sashimi e peixe grelhado.
Adoçantes: seja aquele presente no refrigerante zero ou o que você adiciona no cafezinho, o adoçante excita as células do cérebro, fazendo-as pensar que você está prestes a receber uma boa dose de energia (ou seja, calorias), mas, na verdade, não ingere nem um grama disso.
Seu cérebro, então, faz com que você sinta mais vontade de comer doces ao longo do dia para satisfazer a expectativa criada. Com o tempo, este processo pode até afetar os centros de controle de fome do cérebro.
Cereal matinal: farinha branca com uma generosa dose de açúcar refinado é uma combinação que, em situações normais, já causaria picos de insulina. Porém, quando consumidos pela manhã, o estrago é ainda maior: “uma agressão dupla ao seu metabolismo”, descreve Dra. Decotiis.
Isso porque, neste momento do dia, é alto seu nível de cortisol, hormônio que acredita-se ser produzido naturalmente durante o sono para preparar o corpo para o estresse do dia seguinte. Ele diminui nossa habilidade de metabolizar açúcares, impedindo que o sangue leve-os aos tecidos necessários, causando fome e fadiga.
Pizza: é impossível comer apenas uma fatia, certo? Isso porque a combinação de massa de farinha branca com óleos hidrogenados, queijos processados e conservantes leva sua insulina às alturas e ao chão rapidamente, além de mexer com a produção de hormônios da saciedade e regiões do cérebro que controlam a fome.
