Recentemente, a esposa de Stênio Garcia, Marilene Saade, usou seu perfil no Instagram para avisar – tanto a pedido dele quanto de seu médico – que o ator ficará algum tempo afastado de tudo e todos após ter uma forte crise nervosa. “Há uma semana [Stênio] passou por um tsunami de estresse e pressão psicológica a ponto de atingir o corpo físico colocando todas as tensões para fora”, escreveu ela.
Segundo Marilene, por medo de que a condição gere males maiores como um infarto ou acidente vascular cerebral, o ator ficará dez dias em um retiro. “Só para ele esvaziar a mente com muita meditação, contato com a natureza e com nossos bichos, nada de papo com humanos. Até eu fiquei de fora. Mas entendo e estarei ao lado respeitando seu descanso, seu silêncio e suas leituras”, afirmou Marilene.
Conforme explicou, além de o intuito do casal com a postagem ser avisar o afastamento, eles também esperam que ela sirva de alerta. “Muitos também precisam desligar a turbina e esvaziar suas mentes para a saúde e auto proteção”, deixou claro, encorajando que as pessoas conheçam seus limites e a hora de “desligar a mente”.
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Crise de estresse: quando problema é perigoso
Com rotinas cada vez mais corridas e mais acesso a um fluxo constante de informações do momento em que acordam até a hora em que vão dormir, é natural que muitas pessoas se sintam estressadas – e, apesar de questões como essa ainda serem desprezadas por muita gente, um estado constante de estresse pode sobrecarregar o corpo levando a uma gama de possíveis consequências.
Conforme explica a psiquiatra e psicoterapeuta Elizabeth Zamerul Ally, situações tensas e estressantes deixam o corpo em um estado de alerta, algo que desencadeia reações bioquímicas na intenção de facilitar uma possível fuga. Nesse momento, são liberadas neurossubstâncias como a adrenalina e a noradrenalina – que dilatam os vasos sanguíneos – e o cortisol – responsável por transformar gordura em energia disponível.
Apesar de essa ser uma reação natural do corpo, porém, quando o processo ocorre com certa frequência, a liberação desses hormônios pode começar a causar problemas no organismo. Em casos de estresse exagerado e constante, o sistema imunológico fica enfraquecido e a pessoa pode inclusive ter doenças graves, sendo, portanto, uma questão que requer um trabalho de prevenção para não chegar a extremos.
Consequências do estresse constante
A longo prazo, essas alterações hormonais causadas pelo estresse podem ocasionar alterações no ciclo menstrual, transtornos psicológicos (como síndrome do pânico ou distúrbio de ansiedade), insuficiência das suprarrenais, distúrbios de tireoide, doenças de pele (como dermatite, acne, caspa e psoríase), aumento de peso e, em casos mais graves, problemas cardiovasculares gerados pelo constante estado de alerta em que o coração fica.
Sintomas de estresse
Conforme explica a psiquiatra, os sinais que o estresse manifesta variam de pessoa para pessoa, mas, em geral, a condição pode trazer dores musculares (especialmente nas costas, pescoço e ombros), agitação, impaciência, tremores, fraqueza, cansaço mesmo após atividades simples, enjoos, palpitações, diarreia, falta de ar, insônia, tontura e até queda de cabelo.
Prevenção e tratamento
Apesar de não haver soluções mágicas ou específicas para aliviar o estresse, manter uma rotina que inclua alimentação saudável e exercícios físicos regulares, excluindo hábitos como negligência ao sono e vícios variados, são medidas que podem ajudar. Muitas vezes, porém, as situações estressantes não são “elimináveis” e, em casos assim, é preciso ir além.
Complementar o dia a dia com atividades relaxantes capazes de “reorganizar” a mente, como a meditação e a yoga, por exemplo, pode ser uma forma de amenizar o estresse, mas, quando o indivíduo ainda sente os efeitos ruins dele, a dica é buscar auxílio da psicoterapia (que pode, em alguns casos, ser aliada a medicamentos receitados por um psiquiatra).
