Quem tem dificuldade para ter orgasmo deve ler sobre o sono: ele pode ser a solução

Os benefícios do sono são muito maiores do que apenas a sua capacidade restauradora e para o bem-estar psicológico, dormir também é essencial para o equilíbrio hormonal. E este fator é extremamente ligado à qualidade da vida sexual, como a libido e o orgasmo.

Qualidade do sono e orgasmos

De acordo com a ginecologista Luciana Deister, os hormônios exercem diversas funções no corpo humano, de modo a influenciar até mesmo comportamentos. No caso do sexo isso é muito relevante, já que a dopamina, o hormônio do prazer, exerce o papel de incentivadora sexual. E onde entra o sono nessa dinâmica?

Acontece que se não dormirmos ou se a qualidade do nosso sono está comprometida, os receptores de dopamina do nosso organismo não funcionam de maneira adequada. Isso leva a um combo de exaustão física, alterações de humor e entorpecimento dos receptores de dopamina, que têm como resultado a queda da libido e a dificuldade de chegar a um orgasmo – ainda que haja estimulação adequada na região.

A médica cita um estudo publicado no Journal of Sex and Medicine, em 2015, que apontou que dormir apenas uma hora a mais por noite pode aumentar a libido da mulher em 14%! Isso significa que, quanto mais regulado e restaurativo o seu sono, mais satisfatória será a sua vida sexual. ⠀⠀

Anorgasmia: o que é?

Uma noite mal dormida é um dos vários motivos que podem levar uma pessoa a ter dificuldade ou incapacidade de chegar a um orgasmo. Ela pode ser causada, por exemplo, por uma doença chamada anorgasmia, que tem diferentes motivos e estágios e atinge principalmente mulheres.

Causas

Chegar a um orgasmo demanda uma entrega de corpo e emoção, o que é um processo de aprendizado na vida de muitas mulheres. Apesar de poder ter uma razão biológica, como ser desencadeada por problemas de saúde – tais como depressão, diabete – ou maus hábitos – como o tabagismo ou consumo muito frequente de outras drogas – a anorgasmia tende a ter mais raízes psicológicas ou falta de estímulo, como:

  • Educação repressora em relação ao sexo
  • Falta de confiança, habilidade ou diálogo com o parceiro
  • Desconhecimento do próprio corpo
  • Histórico de abuso

Diferentes estágios


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Existem quatro tipos de anorgasmia, que são divididos desta forma:

  • Primária – o paciente nunca teve a experiência de sentir um orgasmo
  • Secundária – o paciente costumava sentir orgasmos, mas passou a ter dificuldades
  • Situacional – o orgasmo só não é obtido em algumas situações, como durante o sexo vaginal ou com um determinado parceiro, mas o prazer ocorre normalmente durante a masturbação ou sexo oral, por exemplo
  • Generalizada – incapacidade de sentir orgasmo em qualquer situação

Para chegar a um diagnóstico conclusivo sobre este problema, é preciso que o médico tenha uma base do histórico clínico e sexual do paciente, além de uma avaliação física para identificar alterações ou não nos órgãos genitais.

Tratamento

O tratamento da doença envolve mudanças no estilo de vida, terapia sexual e medicamentos – este último no caso da anorgasmia ser causada por questões biológicas.

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Saúde sexual feminina