Muito mais comum em mulheres do que em homens e com incidência maior após a menopausa, a osteoporose é uma redução na densidade do osso, rastreada num exame chamado de densitometria óssea. Chamamos osteopenia quando a perda é razoável, menos acentuada, mas ainda assim digna de ser tratada, sendo a osteoporose um processo mais avançado.
Podemos começar a preveni-la ainda na infância. A prática de esportes é fundamental, pois estimula hormônios que aumentam a absorção de cálcio e a sua fixação no osso. Os exercícios de impacto, como corridas e caminhadas também fortalecem os ossos. Os banhos de sol, sempre em horário seguro, como já falei antes, estimulam a produção de vitamina D na pele, aumentando a absorção de cálcio pelo intestino e diminuindo sua excreção pelos rins. A mulher que conseguir formar boa massa óssea desde a juventude tem menos chance de sofrer deste mal.
A homeopatia vai otimizar o metabolismo, facilitando a colocação dos minerais e nutrientes nos locais corretos, e também a tornar as células mais propícias aos estímulos dos hormônios ainda presentes no corpo.
Evitem os refrigerantes, principalmente os do tipo cola, pois são ricos em ácido fosfórico que compete com a absorção do cálcio, evitem café e o mate em excesso, pois a cafeína aumenta a taxa de perda de cálcio pela urina. O álcool inibe a sua absorção e as dietas ricas em açúcares, proteínas e sódio (sal) estimulam também a perda de cálcio pela urina. Muitos remédios interferem com o cálcio. Os antiácidos, geralmente usados abusivamente, diminuem sua absorção. Atenção também aos corticóides.
Falamos bastante do cálcio e, de fato, ele é um metal nobre no organismo. O osso é a maior reserva dele no corpo. O cálcio também participa da coagulação do sangue, da contração dos músculos, ajuda na memória, nas transmissões nervosas e no batimento cardíaco. Quando o corpo precisa, a primeira fonte de cálcio que ele procura é o osso.
Não só o leite e os derivados que contêm grande quantidade de cálcio, as verduras em geral, sobretudo as de folhas escuras, também o possuem, além de ser fonte de inúmeras outras vitaminas. O nível de absorção de cálcio de alimentos vegetais como o brócolis, a couve-de-bruxelas, o repolho, a couve-portuguesa, a folha da beterraba, entre outros, pode chegar a 70%! A sardinha (com escamas) e o tofu são excelentes fontes. Abóbora, aipo, passas e laranja são boas também. Eu prefiro que minhas pacientes consumam o leite sob forma de iogurte (natural), pois a digestão é mais facilitada.
As deficiências crônicas de cálcio também estão relacionadas com algumas formas de hipertensão arterial, câncer de próstata e de intestino, distúrbios menstruais, má formações no período fetal (em que a demanda de cálcio é bem maior), problemas hemorrágicos, até distúrbios do sono e algumas síndromes depressivas. Embora na clínica diária, vejamos muito mais deficiência e desarranjo no metabolismo do cálcio, você não deve tomar suplementos sem orientação, o excesso deste metal no organismo causa inúmeros problemas, entre eles, derrames, arritmias cardíacas, degenerações articulares etc., sem falar que a suplementação excessiva leva a deficiência de vitamina K, diminui a absorção de ferro, magnésio, zinco, manganês, entre outros.
O tratamento moderno preconizado em grande parte tenta prevenir a destruição do osso, com os chamados bifosfonatos (entre eles o alendronato e o risendronato sódicos). O tratamento ortomolecular visa formar mais osso através de nutrientes que estão deficientes. As plantas medicinais nos auxiliam na melhora das taxas hormonais que estão baixas na menopausa. A homeopatia vai otimizar o metabolismo, facilitando a colocação dos minerais e nutrientes nos locais corretos, e também a tornar as células mais propícias aos estímulos dos hormônios ainda presentes no corpo. Na semana que vem, vamos ver como.
Fiquem bem e até a próxima!