Doença grave, arritmia pode ser confundida com dor na coluna ou cansaço

Arritmias cardíacas estão ligadas a problemas graves, como infarto e derrame cerebral, e podem matar. Mulheres, em especial, precisam de atenção especial. Isso porque o número de portadoras aumentou de 48% para 66% entre a faixa dos 15 e 44 anos, segundo levantamento do Hospital do Coração (HCor), e os sintomas, muitas vezes, podem estar camuflados, sendo facilmente confundidos com problemas comuns.

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“A mulher os confunde, muitas vezes, com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço, por ter carregado uma criança ou sacolas pesadas”, alerta a cirurgiã cardíaca do HCor Dra. Magaly Arrais, que indica para os principais indícios de arritmia: palpitação, fadiga, falta de ar, cansaço, desmaio, tontura e dor no peito.

Na hora dos exercícios também é possível notar o problema. O coração tem ritmo certo para bater – são 60 a 100 batidas por minuto. Atividade física e estresse aumentam essa frequência, mas o músculo volta ao normal pouco depois. Se isso não acontecer, é sinal de que algo pode estar errado.

O que é?

As arritmias podem acontecer por batimento acelerado (taquicardia) ou por batimento desacelerado (braquicardia). A alteração mais comum é a fibrilação atrial, um descompasso no batimento das câmaras menores do coração (átrios) que aumenta em cinco vezes o risco de AVC, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), já que ela promove a formação de coágulos na corrente sanguínea.

Vários fatores podem estar ligados ao aumento de mulheres com arritmia. Entre eles estão doenças nas artérias coronárias, insuficiência cardíaca, hipertireodismo e desequilíbrio químico no sangue (como alteração nos níveis de potássio, cálcio e sódio). Além disso, a doença também está ligada ao consumo de substâncias estimulantes, como cafeína, tabaco, álcool e anfetamina.

Sua incidência também aumenta com a idade – o envelhecimento acarreta em aumento da pressão arterial e do nível de colesterol, além de a menopausa gerar alterações hormonais no organismo – e com o excesso de peso. Por isso, por mais difícil que seja, é hora de rever seus hábitos. “A mulher tem acumulado vários papéis. Ela trabalha fora, cuida da casa e da família. O ritmo acelerado a expõe a muito estresse e favorece hábitos pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação”, afirma a Dra. Magaly.