O atentado terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001 marcou o mundo e, principalmente, os Estados Unidos. Nesse mês de setembro, são lembrados os 15 anos da tragédia, que, segundo estudo, continua deixando muitas pessoas doentes, tanto física quanto mentalmente.
O Departamento de Saúde da Cidade de Nova York (EUA) estudou por mais de uma década os efeitos do ataque nos trabalhadores, moradores e estudantes da região, além das equipes de resgate, recuperação e limpeza do local.
11 de setembro: como ele ainda afeta a saúde das pessoas
De acordo com o estudo nova-iorquino, a maioria das pessoas que foram diretamente expostas ao ataque está saudável e sem sintomas, mas milhares delas têm uma ou mais condições de saúde crônicas.
Estresse pós-traumático
Os sintomas dessa desordem, que trazem à tona lembranças e sensações do que foi vivido no dia, são os mais comuns entre as pessoas que viveram o ataque.
Eles são mais frequentes entre as vítimas que foram expostas à nuvem de poeira, se machucaram, estavam em andar alto, evacuaram o local com atraso, vivenciaram o horror ou perderam alguém conhecido.
Cinco anos após o ataque, 20% dos adultos que estavam no local ainda tinham sintomas de estresse pós-traumático e 10 anos depois, 10% os apresentavam.
Abuso de álcool e tabagismo
Pessoas com estresse pós-traumático ou que vivenciaram intensamente o ataque tinham o dobro de chances de beber compulsivamente. Fumantes com a saúde mental abalada, por sua vez, têm menos chances de cessar o vício.
Asma
Uma em cada dez vítimas do ataque desenvolveu asma, o que é cerca de 3 vezes mais do que a taxa nacional dos Estados Unidos. O motivo é, provavelmente, a nuvem de poeira que se ergueu sobre o local, que possuia substâncias tóxicas e carcinogênicas, mas cuja composição exata nunca foi conhecida ou divulgada.
Entre as pessoas mais afetadas estavam aqueles que trabalharam no resgate, recuperação e limpeza da área, moradores da região que não deixaram suas casas, moradores e trabalhadores da região que, posteriormente, retornaram às suas casas e escritórios e os encontraram cobertos por poeira e pessoas que trabalharam na região após a data.
Diminuição da capacidade respiratória
Bombeiros e equipe médica de resgate tiveram uma acentuada diminuição da função pulmonar, que é a capacidade respiratória, no ano seguinte ao ataque. Dez anos depois, essa dificuldade permaneceu inalterada. Ela também acometeu trabalhadores e moradores da região.
Sintomas respiratórios
Dez anos depois do ataque, sintomas respiratórios como tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar ainda afetavam tanto as equipes que trabalharam no 11 de setembro, quanto moradores e trabalhadores do local e até pessoas que passavam pelo local.
Metade das pessoas com esses sintomas tinham também estresse pós-traumático, depressão e ansiedade. Segundo as autoridades, o ar da região é, hoje, perfeitamente saudável.
Doença cardíaca
Pessoas que sofreram mais de um ferimento no 11 de setembro e tiveram estresse pós-traumático tinham o triplo de chances de desenvolver doença cardíaca.
Bebês, crianças e adolescentes
Crianças bem pequenas que foram atingidas pela nuvem de poeira do 11 de setembro tinham mais chances de desenvolver asma. Crianças com 5 anos ou mais quando atingidas pelo atentado tinham maior risco de ter alterações comportamentais depois de 5 ou 6 anos. Bebês de mulheres grávidas no atentado e que tiveram estresse pós-traumático tinham maior probabilidade de nascer prematuros ou com baixo peso.
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