Pessoas ruivas são mais propensas a desenvolver doença de Parkinson, de acordo um recente estudo divulgado pela publicação científica Annals of Neurology, que encontrou uma relação entre o gene que garante características dos ruivos e o desenvolvimento da condição degenerativa.
Segundo o trabalho científico, a mutação genética que cria o tom avermelhado e alaranjado dos cabelos (MC1R), além de tornar a pele mais suscetível a danos causados pelo sol, também afeta os produtos químicos do cérebro.
Ruivos têm maior probabilidade em desenvolver Parkinson
À medida que as pessoas ruivas envelhecem, a MC1R limita a quantidade do hormônio dopamina liberado em certas partes do cérebro. O produto químico é considerado essencial no ataque a toxinas que geram a doença de Parkinson.
A pesquisa se alinha com outros levantamentos anteriores que comprovaram que pacientes com Parkinson têm um menor risco de desenvolver todos os cânceres, exceto o melanoma. E, por sua vez, pessoas com melanoma têm um risco maior de sofrer de Parkinson.
Para chegarem à conclusão, os cientistas fizeram testes com ratos de laboratório e notaram que os animais que possuíam o gene ligado a melanoma tinham menos neurônios produtores de dopamina do os outros camundongos.
Com o avanço da idade, eles sofreram um declínio progressivo nos movimentos e uma queda nos níveis de dopamina, além de serem mais sensíveis a substâncias tóxicas que prejudicam os neurônios produtores do hormônio.
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