Publicada em 15/05/2017
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O apresentador Luciano Huck foi submetido a uma cirurgia de hérnia no Hospital Copacabana, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (12).
De acordo com informações de sua assessoria de imprensa ao site do jornal Extra, o procedimento foi simples e rápido, e Huck já está em casa.
A condição que o acometeu é chamada de hérnia inguinal, muito comum em homens na faixa etária dele, por volta dos 45 anos.
O que é hérnia
Hérnias podem acontecer em diversos locais do corpo, como na região do abdômen (umbigo e acima dele), na virilha ou até mesmo em cicatrizes cirúrgicas.
É quando ocorre um deslocamento parcial de um órgão através de uma cavidade ou ruptura da musculatura.
No caso de Luciano Huck, isso aconteceu na região da virilha: o intestino ou uma porção de gordura escapa por uma espécie de “buraco” na virilha, condição denominada hérnia inguinal.
Há também a hérnia de disco, uma condição degenerativa do anel cartilaginoso, que fica entre duas vértebras da coluna.
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Hérnia inguinal
Existem dois tipos de hérnia inguinal: a mais comum é a indireta, que ocorre através do anel inguinal – passagem no interior da parede abdominal em que transita o cordão espermático no caso dos homens, pode acometer bebês e adultos.
A direta acontece por uma fraqueza da parede posterior da região inguinal (também na virilha), por conta do desgaste natural do tempo, recorrente em idosos.
O que pode causar uma hérnia inguinal?
Em alguns casos, o problema ocorre por um fator congênito: ele surge quando o indivíduo ainda está em formação na barriga da mãe, mas pode se manifestar só na idade adulta. Isso ocorre devido à deficiência de uma enzima do colágeno, que impede o fechamento do anel inguinal.
“Na maioria das pessoas esse anel fecha, mas outras têm deficiência de uma enzima de colágeno, tipo I e III, e esse anel acaba ficando entreaberto. Com o tempo, esse ‘buraco’ aumenta e faz com que gordura e até intestino saiam por ele, causando a hérnia”, aponta o coordenador do centro de hérnia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Sérgio Roll, de São Paulo.
Porém, alguns hábitos influenciam no aparecimento da condição, como fumar, usar anti-inflamatórios com hormônios e fazer muito esforço físico ao longo da vida.
Sintomas
Este tipo de hérnia causa desconforto e protuberância na região da virilha, dificultando também movimentos que necessitam esforço físico, como carregar peso e fazer esportes.
Como é o tratamento
A única forma de corrigir o problema é por meio cirúrgico, a menos em casos de doenças graves ou idade avançada.
“A estimativa é de que 20 milhões de cirurgia de hérnia inguinal sejam feitas todos os anos no mundo”, aponta o especialista.
Podem ser feitos três tipos de cirurgia, todas de baixo risco: a aberta, com corte tradicional na virilha, a laparoscópica e a robótica — que necessitam de pequenos cortes na região, possibilitando que o paciente sinta menos dor e tenha uma recuperação mais rápida.
Independente do método escolhido, é preciso “empurrar para dentro” o que está fora do lugar, como gordura ou intestino, “fechar” a saída e conter o tecido com uma tela cirúrgica, para evitar que ele se abra novamente.
A recuperação é rápida: 15 dias depois da intervenção, é possível ter uma vida “normal”; depois de 2 meses já é liberado voltar aos esportes.
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Possíveis complicações
Caso a cirurgia não seja feita, complicações sérias podem aparecer.
É o caso da obstrução ou do estrangulamento do intestino, que pode dificultar o fluxo sanguíneo da região e causar sofrimento ao órgão.
Nesses casos, é preciso realizar uma cirurgia de urgência.
O especialista garante ainda que não existe uma maneira de evitar a hérnia inguinal. É preciso consultar regularmente um especialista e relatar qualquer desconforto.
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