Doença psiquiátrica caracterizada pela perda de contato com a realidade, a esquizofrenia afeta cerca de 0,7% da população e seus sinais costumam se manifestar geralmente entre o final da adolescência e começo da vida adulta, segundo dados da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Pessoas com Esquizofrenia (ABRE).
Esquizofrenia: o que é
De acordo com informações do Hospital 9 de Julho, a esquizofrenia é um transtorno mental que ocorre devido a distúrbios no funcionamento do cérebro que fazem com que o paciente tenha dificuldades de se relacionar consigo mesmo e com os outros.
As causas da esquizofrenia são desconhecidas, mas sabe-se que existe um fator genético que predispõe a pessoa à doença, explica o psiquiatra Mario Louzã, da Universidade de São Paulo (USP).
O médico afirma ainda que fatores ambientais e biológicos também podem influenciar na doença e que, no período da adolescência, estresse e uso de drogas podem estar entre outras possíveis causas.

A esquizofrenia costuma ter início no fim da adolescência ou começo da idade adulta e atinge da mesma maneira homens e mulheres. O que difere é a idade. No homem, o pico é por volta dos 25 anos, e na mulher, por volta dos 29 anos. A doença raramente se manifesta na infância ou após os 45 anos.
Os principais tipos de esquizofrenia, segundo Ministério da Saúde, são: esquizofrenia paranoide, esquizofrenia hebefrênica, esquizofrenia catatônica, esquizofrenia indiferenciada, esquizofrenia residual e esquizofrenia simples.

Como é uma pessoa com esquizofrenia: sintomas
O diagnóstico da esquizofrenia deve ser feito por profissionais que cuidam da saúde mental, como o psiquiatra. Prestar atenção aos sinais é fundamental para a busca de tratamento o quanto antes.
Sintomas iniciais
A suspeita de esquizofrenia se faz quando um adolescente ou adulto jovem apresenta uma mudança significativa do comportamento habitual. As alterações são persistentes e frequentemente e se tornam mais graves com o passar do tempo.

Sintomas negativos
Os principais sintomas giram em torno da perda do contato com a realidade. O esquizofrênico sofre com delírios e alucinações, podendo ouvir vozes, sentir cheiros e até ter visões de coisas que não existem.
Pensamento e comportamento desorganizados, confusão mental e sensação de que seus pensamentos podem ser lidos ou roubados por outras pessoas são outros sintomas preocupantes de esquizofrenia, que comprometem muito o bem-estar do paciente.
É importante ressaltar que os sintomas da doença não se manifestam ininterruptamente, mas em formas de crises agudas, seguidas de períodos de tranquilidade, sem qualquer mudança de comportamento do indivíduo.

Tratamento
A esquizofrenia é um transtorno mental crônico e não tem cura. A doença, no entanto, pode ser tratada para garantir uma boa qualidade de vida ao paciente. Existem tratamentos medicamentosos que permitem controlar os sintomas, evitar recaídas e favorecer a inserção do indivíduo na sociedade, diz o psiquiatra Mario Louzã.
Os medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia são os antipsicóticos, que devem ser tomados de modo contínuo para controlar os sintomas. O paciente deverá ainda fazer terapias que trabalham o lado comportamental e com a parte cognitiva.
Quando o paciente recebe o tratamento adequado, as crises tendem a se tornar mais curtas e as fases sem manifestação de sintomas duram mais tempo, permitindo que a pessoa leve uma vida normal e consiga assumir o controle da própria vida.
Esquizofrenia: causas, sintomas e tratamentos
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